Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED)

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED/RMC) iniciou em dezembro de 1994 e foi encerrada em dezembro de 1997. Durante os três anos que esteve em campo, essa pesquisa de periodicidade mensal e contínua, cuja unidade básica de investigação era o domicílio residencial urbano, serviu como referência para fornecer conhecimento sobre o mercado de trabalho e a realidade social na Região Metropolitana de Curitiba. A pesquisa coletava informações sobre os moradores dos domicílios, sendo que eram realizadas entrevistas individuais com as pessoas de dez anos ou mais de idade.

Originalmente, a metodologia e os conceitos utilizados na PED/RMC foram concebidos pelo DIEESE e pela Fundação SEADE/SP. O plano amostral adotado na PED/RMC foi o plano estratificado. Na época, a PED/RMC apresentava a particularidade de privilegiar a condição de procura do trabalho mesmo quando esta se associava a algum trabalho precário ou quando ela deixava de ocorrer nos últimos 30 dias anteriores à pesquisa. Dessa forma, conseguia captar formas de desemprego comuns ao mercado de trabalho brasileiro, tais como o desemprego oculto pelo trabalho precário e pelo desalento.

A PED/RMC permitia ainda, uniformemente, quantificar e caracterizar a inserção produtiva das pessoas economicamente ativas (PEA), o emprego, o desemprego e a remuneração do trabalho, possibilitando avaliar qualitativamente a evolução desses indicadores, as categorias de trabalhadores e os setores de atividade mais impactados pelo desemprego.

 

Principais Conceitos

População em Idade Ativa (PIA):  população com 10 anos e mais.

População Economicamente Ativa (PEA):  parcela da PIA que está ocupada ou desempregada.

Ocupados são indivíduos que:

- possuem trabalho remunerado exercido com regularidade;

- possuem trabalho remunerado exercido de forma irregular desde que não estejam procurando trabalho diferente do atual. Excluem-se as pessoas que, não tendo procura, exerceram de forma excepcional algum trabalho nos últimos 30 dias;

- possuem trabalho não remunerado de ajuda em negócios de parentes, ou remunerado em espécie ou benefício, sem procura de trabalho.

Desempregados são pessoas que se encontram em uma das seguintes situações:

- desemprego aberto: pessoas que procuraram trabalho de modo efetivo nos 30 dias anteriores ao da entrevista e não exerceram nenhum trabalho nos últimos sete dias;

- desemprego oculto pelo trabalho precário: pessoas que realizam de forma irregular algum trabalho remunerado (ou não remunerado, em ajuda a negócio de parentes) e que procuraram efetivamente trabalho nos 30 dias anteriores ao da entrevista ou nos últimos 12 meses.

- desemprego oculto pelo desalento e outros: pessoas que não possuíam trabalho e nem procuraram nos últimos 30 dias, por desestímulo do mercado de trabalho ou por circunstâncias fortuitas, mas apresentaram procura efetiva de trabalho nos últimos 12 meses.

Inativos: parcela da população de dez anos e mais que não tem e não procurou trabalho. Esse grupo inclui também as pessoas menores de dez anos.

 

Principais Indicadores

Taxa Global de Participação: é a relação entre a População Economicamente Ativa (PEA) e a População em Idade Ativa (PIA)  e indica a proporção de pessoas com dez anos e mais incorporada ao mercado de trabalho como ocupada ou desempregada.

Taxa de Desemprego Total: é igual à relação Desempregados/PEA e indica a proporção da PEA que se encontra na situação de desemprego aberto ou oculto.

Taxa de Ocupação: é igual à relação Ocupados/PEA e indica a proporção da PEA que se encontra na situação de ocupados.

 

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