SEPL, Ipardes e IBGE se reúnem para discutir mudança na dinâmica populacional dos municípios paranaenses 27/01/2023 - 14:40

A convite do Secretário do Planejamento, Guto Silva, o diretor-presidente do Ipardes, Marcelo Curado, e o Superintendente Estadual do IBGE, Elias Ricardo, participaram de uma reunião nesta segunda-feira (23/01/2023) para discutir os resultados iniciais do Censo 2022.

Estando 200 municípios com os dados já fechados, o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) chega à reta final mostrando que em cerca de 150 municípios a população reduziu ou se manteve próxima ao resultado do último levantamento, concluído em 2010. Já 247 cidades tiveram aumento populacional, 35 delas com crescimento superior a 10 mil habitantes. Nesse período, a população paranaense aumentou 11,7%, superando o índice nacional de 8,19%.

Segundos os dados obtidos, segue havendo um crescimento populacional em municípios grandes – e também em médios considerados polos regionais – porém, redução significativa da população nas cidades pequenas. Essa situação se dá principalmente pelo êxodo da população jovem das pequenas cidades para as maiores.

Para Guto Silva, o novo Censo vai permitir uma análise profunda não apenas da questão populacional, mas do comportamento desse novo Paraná.  “Tivemos um acréscimo demográfico de 1,4 milhão de pessoas nesses 12 anos, com uma população que tem envelhecido e cidades pequenas que vêm perdendo população. Precisamos de políticas públicas bem calibradas para poder atender às demandas. É isso que estamos discutindo para preparar as próximas ações”, disse. 

O diretor-presidente do Ipardes, Marcelo Curado, ressaltou que o lançamento de dados recentes é uma oportunidade de desenvolver políticas públicas de qualidade à população paranaense. Curado também citou que esses dados da população podem ajudar a detectar também as áreas que podem estar passando por mais problemas, causando esse êxodo.

“Se municípios de mesmo tamanho, sem diferença grande de natalidade e de expectativa de vida, perdem população de modo desigual, isso pode apontar problemas econômicos-sociais localizados, auxiliando na construção de políticas públicas regionalizadas e efetivas”, acrescentou. "É o que queremos construir de maneira concreta a partir do lançamento oficial dos dados".